A Tailândia é um país surpreendente. No sudoeste asiático, o viajante se depara com um destino totalmente diferente do que está acostumado no ocidente. Com paisagens cinematográficas, sabores marcantes, religiosidade à flor da pele e muitos sorrisos, o visitante é convidado a descobrir um novo mundo.
Longe do frenesi de Bangkok, uma das metrópoles mais vibrantes do mundo, ou dos cenários paradisíacos das ilhas Phi Phi, encontramos uma Tailândia ancestral. No extremo norte tailandês, próximo à fronteira com Myanmar (Birmânia) e Laos – países que, junto à Tailândia, formam o “Triângulo Dourado”, estão dois destinos indispensáveis, duas cidades únicas no universo singular que é a Tailândia.
Nessas bandas do norte, o ritmo é diferente do restante do país. Os quase 800 quilômetros que separam as cidades de Chiang Mai e Chiang Rai da capital são refletidos no estilo de vida da população e até no clima, com registro das temperaturas mais amenas do país.
Chiang Mai
A sexta maior cidade da Tailândia foi construída dentro de uma grande muralha como forma de defesa em caso de ataque dos vizinhos birmaneses. Erguida em 1296, Chiang Mai já foi a capital do reino independente de Lanna, por quase 500 anos. Reino cuja abrangência contemplava a maior parte do norte tailandês, além de partes do Myanmar, Laos e China. Território oficial da Tailândia desde 1932, a antiga capital espiritual e econômica do país já beirou a marca de dois milhões de habitantes. Hoje, com pouco mais de 130 mil habitantes, Chiang Mai permanece como capital cultural do norte tailandês.
Dentro dos limites da muralha, a chamada Old City tem cerca de 1,5 quilômetros quadrados e concentra uma enorme opção de hotéis, lojas, restaurantes e templos. Por fora, a região é cercada pela natureza exuberante. Com as montanhas mais altas do país, Chiang Mai é um dos centros turísticos mais visitados da Tailândia, com inúmeras formas de entretenimento, incluindo cachoeiras e esportes como trekking e rafting. Zoológicos especializados em tigres e elefantes também fazem parte das atrações.
Na área urbana, Chiang Mai é repleta de templos. Quase a mesma quantidade da capital Bangkok, cerca de 300. O mais famoso de todos, o Wat Phrathat Doi Suthep, conhecido como o Templo da Montanha, está localizado no alto de uma colina a 15 quilômetros da cidade. Depois de encarar os mais de 300 degraus, o visitante é agraciado com uma visão espetacular da região. Outros templos para conhecer na cidade: Wat Phra Singh, Wat Sri Suphan, Wat Chedi Luang, Wat Chet Lin, Wat Phra Taht Doi Kham, entre outros.
Chiang Rai
No extremo norte, Chiang Rai é a porta de entrada para o “Triângulo Dourado” – a tríplice fronteira entre Tailândia, Myanmar e Laos. A cerca de 180 quilômetros de Chiang Mai, a cidade é banhada pelo Kok River e está situada em meio a um vale fértil, rodeada por montanhas e pelas águas do rio Mekong – um dos maiores rios do mundo!
Um verdadeiro parque de diversões para quem busca aventura em cenários cinematográficos. Chiang Rai é menos famosa que a vizinha Chiang Mai, o que proporciona um ar de vilarejo mais relax. Se antes os campos da cidade eram utilizados para plantações de papoula, graças as intervenções do governo e dos moradores locais, hoje as planícies abrigam outras culturas agrícolas. Do tempo em a cidade fazia parte da rota dos opioides, totalmente erradicada, há apenas a história retratada no Museu do Ópio de Chiang Rai.
Embora tenha sido a primeira capital da dinastia Lanna, a cidade perdeu seu título para Chiang Mai, 33 anos mais nova que Chiang Rai, justo pela proximidade da fronteira e vulnerabilidade a ataques inimigos. Por isso, a cidade pode não ter todo o esplendor da vizinha mais jovem, mas é casa de uma das atrações mais visitadas do norte tailandês: o templo branco.
O Wat Rong Khun, também conhecido como templo Branco, é um dos principais templos tailandeses e, ao contrário dos outros, não é antigo ou histórico. Trata-se de uma construção moderna, erguida nos anos 90, projetada pelo artista local Chalermchai kositpipat. Com influências estéticas tanto da dinastia Lanna quanto da obra de Antonio Gaudi, o templo foi construído para ser uma casa budista e hindu.
Em contrate ao Templo Branco, o Baan Dam ou Templo Negro, tem um ar mais sombrio. Chamado de templo, está mais para um museu cujo o acervo tem como tema principal o inferno e a morte. Menos conhecido, o Wat Rong Suea Tem Temple, ou o Templo Azul de Chiang Rai, é obra de um estudante do criador do Templo Branco. A cor azul representa o Dharma, os ensinamentos budistas, e é adornada por inúmeras peças de arte budista contemporânea.
Tribos indígenas
Ao redor de Chiang Rai há uma grande concentração de tribos indígenas. Aproximadamente, 12 grupos éticos compões as Hill Tribes (tribos das montanhas). Com diferentes tradições, costumes, artesanatos e idiomas, as tribos convivem em harmonia e conseguem sustento por meio do turismo, produção agrícolas, artesanato e donativos.
A tribo das Mulheres Girafas, chamada de Haren Long Neck, é um dos passeios mais procurados. As mulheres Kayan ou Padaung, refugiadas do Myanmar, usam argolas de cobre ao redor do pescoço desde os 5 anos de idade. Não se sabe ao certo o motivo do uso das pesadas argolas de cobre, lendas dizem que servia para se proteger do ataque de tigres, outras dizem que se trata de vaidade enquanto outros ainda apontam que seria uma forma de castigo para mulheres adulteras.
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